Livro: Minha
Lady Jane #1
Autoras:
Cynthia Hand; Brodi Ashton; Jodi Meadows
Editora:
Gutenberg
Páginas: 362
ISBN:
978-85-8235-453-7
Pontuação: ★★★★
Esse livro
estava parado na minha estante desde que o comprei na Bienal de 2017. Sempre
ouvi ótimas criticas sobre o livro e ficava muito curiosa, mas por algum motivo
até então não tinha vontade de pegá-lo para ler ainda.
As páginas
são amareladas, a fonte é grande, têm trinta capítulos cada um narrado por:
Jane, Gifford e Eduardo. O livro é dividido em duas partes.
(páginas)
(capítulo)
(capítulo)
(capítulo)
Aqui
encontramos a Inglaterra no século XVI, dinastia Tudor. Nesse mundo existe Eðian
(E-thi-a-no) pessoas com poderes de se transformar em um animal especifico para
cada pessoa. E também existem os Verdádicos, pessoas devotas a igreja e que desprezam
fortemente a existência dos Eðianos. Nessa época os Eðianos infelizmente não
estão seguros, pois a maior parte da população Inglesa verdádica tem ódio e
preconceito contra os Eðianos alegando que somente Deus pode ter tais poderes. Os
Eðianos vivem escondidos, mesmo depois que o Rei Henrique VIII se mostrar em um
Eðiano e declara que os Eðianos terão os mesmos direitos que as pessoas
normais, mas os Verdádicos não aceitaram bem isso.
Jane Grey é
uma garota de cabelos ruivos escandalosos, e extremamente devota aos livros,
qualquer tipo de livro com qualquer tipo de assunto ela está sempre lendo,
sempre carregando um livro para onde quer que vá. Uma jovem de dezesseis anos
prima de segundo grau do jovem Rei da mesma idade, Eduardo VI.
Eduardo está
morrendo, ao que tudo indica está com uma doença e seus dias estão contados,
não lhe resta mais tempo e com os conselhos de seu leal braço direito Lorde
Dudley, o Duque de Northumberland e Lorde Presidente do Conselho Privado do rei,
ele convence Eduardo a assinar um testamento onde ele declara que após sua
morte sua prima, Lady Jane Grey, será a rainha da Inglaterra. Maria, irmã mais
velha de Eduardo, deveria ser a próxima na linha assim que Eduardo falecer, mas
por ser Verdádica e ter a mania de mandar os Eðianos para a fogueira, Lorde
Dudley e Eduardo concordam que o melhor para o reino e para os Eðianos é que
alguém que gosta de Eðianos governe, e nesse caso é a Jane.
Sendo assim Dudley e Eduardo
planejam o casamento urgente de Jane e Gifford Dudley (chame-o de Gê), o filho
mais novo de Lorde Dudley e que acaba se revelando um Eðiano capaz de se
transformar em um cavalo. E agora Jane e Gifford são forçados a se casarem, e
Jane ainda precisa lidar com o fato de que Gifford não consegue controlar sua
transformação, e acaba sendo um cavalo durante o dia, e a noite homem. E quando
Eduardo morre, Jane se surpreende ao descobrir que agora é rainha, mas talvez
essa posição seja bem breve, pois Maria não vai deixar que alguém tome seu
trono por direito.
Fiquei surpresa
que as falas do livro não vieram representado por aspas que é o normal da
editora Gutenberg, pelo menos de todos os livros que tenho da editora, Minha
Lady Jane foi o único que não veio aspas nas falas.
O livro é
bem divertido, trás bastante humor e tira bastante risadas do leitor, porém eu
esperava mais da história. As pessoas elogiam bastante esse livro, boa parte
dos leitores amam o livro, mas pra mim ele foi meio fraquinho, sei lá. Achei
ele divertido, me rir, apesar de não ter me feito gargalhar, foi uma leitura
rápida e gostosa, teve personagens maravilhosos, me identifiquei muito com a
Jane, mas ainda assim o livro pra mim foi fraco. Talvez porque tenha tido humor
demais, e eu gosto de livros que tenha humor, mas que não seja o elemento mais
forte ali, que foi o que aconteceu nesse livro.
O livro é
baseado em metade dos fatos reais da história da Inglaterra, da Dinastia Tudor,
e metade recriação das autoras. Como elas mesmas dizem: às vezes a história
precisa de uma mãozinha. Para quem não sabe Jane Grey foi realmente uma Rainha
da Inglaterra, só que foi só por nove dias, pois seu primo, Eduardo VI, assinou
um documento declarando ela a próxima a ascender ao trono. Maria tomou o trono
com o apoio do povo e do conselho e condenou Jane a morte, mas ela
reconsiderou, só que uma parte do povo da Inglaterra era a favor de Jane no
trono e sendo assim fizeram um “protesto” para a jovem Jane, e Maria percebeu
que ela era uma ameaça, um Mártir, e acabou no fim ordenando de imediato a
morte de Jane que era inocente nessa história toda, coitada kk.
Porque estou
contando isso? Primeiro: isso não é um spoiler, é a história real de Jane.
Segundo: Minha Lady Jane é a história de Jane Grey só que muito modificada,
vocês podem perceber isso pelo fato da história ter magia envolvida! As autoras logo no inicio, no prólogo,
explicam muito disso e também do que elas incrementaram na história. Então
resumindo: metade do livro traz acontecimentos reais, e a outra metade não.
Jane é uma
personagem super legal e me vi completamente nela! Ela é uma leitora muito
voraz, ler todo tipo de livro (apesar de eu não ler todo tipo de livro kkk
gosto muito da minha zona de conforto), eu fiquei rindo bastante com os títulos
de livro que ela lê, alguns são bem ridículos, outros são títulos enormes kkk.
Jane é uma pessoa gentil e fofa, é engraçada e descontraída e muito justa.
Gifford é o
personagem mais engraçado de todos! Um rapaz um pouco inseguro, mas isso pouco
é mostrado. É muito legal vê os sentimentos dele se desenrolando e ele ficando
meio desesperado para dar um jeito nisso, tentar entender e botar pra fora, mas
pra ele não é tão fácil assim. Ele é bem poético e muito fofo. As partes em que
ele se transforma são as melhores, ainda mais porque ele não consegue
controlar sua transformação e precisa passar o dia inteiro como um cavalo, e em
certos momentos isso é um inconveniente.
Eduardo é
outro personagem fofo, porém tenho que admitir que em muitos capítulos que ele
narra eu ficava ansiosa para sair dele porque para mim foram os capítulos mais
arrastados. Ele me passa a imagem de uma criança de 12 anos e não um adolescente
de 16. Como ele nasceu em berço de ouro, muitas coisas eram feitas para ele por
terceiros, então é interessante vê-lo tentar se virar por conta própria e ter
uma noção de que as coisas não são tão simples assim e que agora mais que nunca
ele não terá nada de bandeja como sempre teve.
O livro traz
um pouco de política e tem bastantes estratagemas de guerra e fuga, etc, o que
foi bem interessante, porque se o livro ficasse só no humor leve demais ficaria
algo muito chato pra mim, pois sinto falta da ação. E ação é uma coisa que esse
livro pouco tem.
O livro é
legal, a leitura é bem fluida, é um livro pra se ler em uma sentada apesar de
ter suas boas quase quatrocentas páginas, mas é tudo tão fluido e leve que em
um piscar de olhos o livro acaba. Foi muito bom saber um pouco, mesmo com as
coisas meio alteradas, sobre a época da dinastia Tudor, eu adoro saber sobre
essas histórias antigas, inclusive tenho muitos livros sobre os antigos Reis e
Rainhas da Inglaterra, Espanha, Escócia e Rússia, tenho até um livro da Rainha
Maria (ou Mary) e mal posso esperar para ler, principalmente depois de ter lido
Minha Lady Jane que me desencadeou uma vontade enorme de ler mais sobre aquela
época.
Estou louca
para ler o próximo livro que não é uma continuação, mas irá falar (se eu não me
engano) de uma Jane também, que é a Jane Eyre um dos livros de Charlotte Brontë.
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