Livro: Os
Delírios De Consumo De Becky Bloom
Autora:
Sophie Kinsella
Editora:
Galera Record
Páginas: 428
ISBN:
978-85-01-05954-3
Pontuação: ★★★
Quando eu vi
o filme eu fiquei bem obcecada por ele. Eu vi um milhão de vezes sem me cansar,
um filme divertido e muito bacana. Foi então que fiquei com uma vontade louca
para ler a série de Becky Bloom, quando fui na Bienal do Rio em 2015 eu comprei
toda a série lá (tirando Mini Becky Bloom que não tinha) junto com o mais novo
livra da série naquela época: Becky Bloom em Hollywood. Demorei um tempo para
pegar o livro e eu não sei por quê. Esse é o meu primeiro livro da Sophie Kinsella.
As páginas
são brancas (triste), a fonte é bem grande, não gostei da capa do livro por ser
a capa do filme (odeio livros com capa de filme, com exceção de alguns em
especiais...), mas nunca consegui achar o livro na versão da capa original. Têm
vinte e quatro capítulos.
(páginas)
(capítulo)
Rebecca
Bloom (Becky) é uma jovem de vinte e quatro anos que trabalha no ramo de
jornalismo financeiro, infelizmente esse nunca foi seu sonho. Sua área é a
moda, as dicas de beleza e lugares fashion, etc... Mas é muito difícil
conseguir um emprego nessa área (ainda mais em vários lugares/revistas famosas
como a Becky Bloom quer), então ela teve que aceitar para se sustentar um
emprego em uma revista de financias. Um assunto que ela não entende e não liga,
mas consegue se virar no trabalho de alguma forma.
É uma ironia
Becky trabalhar em uma revista de economia e financias quando nem ao menos consegue
passar um dia se quer sem comprar nada. Obcecada por compras, Becky vive de
loja em loja (mesmo as piores quanto as de alta classe/chiques) sempre com seus
vários cartões comprando algo que sempre acha que vai usar, mas muitas vezes
não usa. Ela compra e então é bater o olho em algo melhor, mais bonito, mais
chamativo que ela logo esquece sua compra anterior. Compulsiva.
Mas quando a
fatura dos cartões vem chegando junto com cartas malvadas do banco, Becky se
desespera para conseguir pagar suas dividas pendentes. Becky cria confusão
atrás de confusão para arranjar dinheiro de vários modos para conseguir se
livrar das cartas dos bancos que ficam cada vez mais recorrentes. Mas suas
diversas tentativas falham, e Becky precisa correr para pagar suas dividas logo
ou então... Mas como ela irá conseguir pagar se nem ao menos consegue para de
comprar?
Antes de mais
nada, para aqueles que não leram o livro, eu gostaria de avisar que o filme e o
livro são completamente, incondicionalmente, diferentes! Basicamente o que tem
de igual (ou no máximo similar) do filme para o livro é a Becky ser obcecada
por compras e ter problemas com o dinheiro e estar devendo, os nomes dos
personagens, e sua paixão pelo Luke. O resto é tudo diferente. Por exemplo:
Luke e Becky já se conheciam. Não se falavam, não eram próximos (no máximo um
aceno de cabeça/mão e um “olá, como vai?” aqui e ali nas reuniões onde se
esbarravam). O livro inteiro se passa em Londres, terra natal de todos os
personagens. A echarpe é azul (e não verde como no filme) e só aparece uma vez,
mal é mencionada. Becky nunca vai trabalhar com Luke e ela já trabalha em uma
revista de financias/economia (não em uma de Jardinagem como no filme). A tal da estilista e dona de uma revista de
moda famosa, Alette, não existe (pelo menos não nesse primeiro livro). A Alicia (lembra dela no filme? A loira de
pernas longas hehe) é secretaria de Luke e trabalha na Brandon Communication
(sim, a Brandon Communication já existe no livro). Ah, e o filme foi uma junção
do primeiro e segundo livro.
O inicio do
livro foi legal, interessante e eu estava até cogitando em dar uma nota quatro
(chick lit não é meu gênero favorito), mas então o meio do livro começou a ficar
bem previsível e entediante.
Becky é
muito mais eufórica, mais maluca, mais desajeitada e mais propícia a humilhação
no livro do que no filme. Ela sonha alto (alto pra caramba, um absurdo de
altura... vocês só vão entender se lerem o livro), ela cria expectativas
enormes e nem pensa no lado que tem a chance de da errado, ela só pensa no
possível. Não é ruim, claro, mas ela exagera, ela exagera muito, muito, muito,
muito. Ela se ilude, não é nem um pouco pé no chão. No inicio isso era
engraçado, mas o livro foi passando e começou a ficar previsível e chato. Gosto
mais da Becky do filme, a do livro me pareceu muito idiota e sem noção. Uma
coisa que gostei, pelo menos, foi no final do livro (mais ou menos) quando
Becky pareceu cair na real e vê o que ela estava fazendo com sua vida, as
burradas e encrencas que estava se metendo cada vez mais fundo, então ela cai na
real e parece amadurecer num piscar de olhos e faz uma coisa realmente útil
pela primeira vez, ao que parece, na sua vida.
Luke mal
aparece no livro, é tão raro aparecer e quando aparece mal fica presente uma
página inteira. A paixão de Becky por ele cresce aos poucos, mas como ele mal
aparece e mal fala, essa paixão ficou forçada. Tipo ele mal teve presença nesse
livro e de repente a personagem está apaixonada por ele... Hã??? Não da para
construir um relacionamento, uma química entre eles quando um personagem mal
aparece.
A Suze é
quase a mesma do filme, eufórica e divertida, não tem muito que dizer dela
porque ela também não aparece tanto no livro.
O livro é
legalzinho, não é grande coisa, me empolguei mais no inicio depois já não via a
hora de pegar uma leitura nova (eu até cogitei abandonar esse livro varias
vezes, porque realmente não estava mais aguentando, tava chato). Nada de igual
ao filme (ou o filme não tem nada de igual ao livro hehe), prefiro o filme para
ser sincera. E não estou nem um pouco ansiosa para pegar o segundo livro. Para
quem gosta de Chick Lit, da Sophie Kinsella, sei que vai gostar do livro porque
ele tem bastante humor, as mancadas e loucuras da Becky são sim engraçadas (mas
para mim começou a ficar chato e muito previsível).
te achei bonita, passa whats
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