Livro: Uma
Chama Entre As Cinzas #1
Autora:
Sabaa Tahir
Editora:
Verus
Páginas: 429
ISBN:
978-85-7686-350-2
Pontuação: ★★★★
Demorei
bastante tempo para ler esse livro, estava de ressaca e não conseguia ler mais
nada. Achei que esse livro me tiraria da ressaca... Mas não :(
As páginas
são amareladas, a fonte é mais ou menos, têm cinquenta capítulos representados
por algarismos romanos, e cada capítulo é narrado por Elias ou Laia. O livro é
dividido em três partes.
(Capítulo)
(Capítulo)
(Páginas)
Laia perdeu
os pais e uma irmã mais velha, tudo o que lhe sobrou foi seu irmão mais velho e
seus avós. Mas então isso também foi tirado dela quando um Mascará mata seus
avós e leva seu irmão preso para ser torturado e contar todos os segredos que
ele poderia supostamente saber sobre os Rebeldes, a Resistência.
Os Mascarás
são pessoas altamente treinadas rigorosamente e impiedosamente desde pequeno a
fase adulta. São treinados para não ter sentimentos e serem brutais e
sanguinários. Letais. Eles usam uma mascará prateada que se funde a pele com o
tempo.
Laia está
lutando contra o medo e a vontade de se esconder, mas ela precisa salvar o
irmão e fará de tudo para isso. Então ela se junta aos Rebeldes e em troca da
ajuda deles para tirarem seu irmão da prisão, Laia terá de se passar por uma
escrava da Comandante da Academia Militar Blackcliff (a Academia é onde os
Mascarás são treinados), que é uma mulher extremamente cruel e sem sentimentos,
todas as escravas que teve não duraram mais que um dia, algumas foram mortas
por ela, outras se suicidaram. Laia terá de passar por coisas que jamais pensou
que poderia lhe acontecer, mas tudo não será em vão. Ou, na verdade, talvez seja.
A Resistência não parece ser o que eles dizem ser. A mãe e o pai de Laia
comandaram os rebeldes muitos anos atrás, mas um traidor os dedurou, mas não é
apenas isso... A Resistência parece está dividida, e um dos lados não parece
mais conseguir distinguir o certo e o errado, e Laia parece não perceber o que
há de errado.
Elias
Veturius é um Mascará diferente de todos os outros, pois ele não quer matar,
não quer brutalidade, não quer uma vida tão escura e cheia de assassinato, mas
Elias não pôde escolher a vida que têm. Mas ele podia esperar o momento certo
para fugir de tudo aquilo. Elias está prestes a se formar na Academia e está
planejando fugi logo após a cerimônia. O problema é que seu plano é jogado fora
quando um dos Catorze Adivinhos o impede dizendo que ao escolher o caminho da
fuga ele só encontrará mais escuridão. Então Elias fica e acaba sendo
selecionado como um dos quatro aspirantes que competirão sozinhos e entre si para que no final apenas dois sobre: um será o próximo Imperador, o outro a Águia
De Sangue, que nada mais é o Mascara terrorista e braço direito do Imperador.
Elias terá que enfrentar provas horríveis e tomar decisões difíceis para se
manter vivo.
Os caminhos
de Elias e Laia irão se cruzar e talvez um pode ser a saído do outro se ambos
se ajudarem.
Um livro bem
interessante, legal e gostoso. Mas eu estava em época de ressaca e parecia que
nenhum livro me tirava dessa situação, então acabei demorando quase o mês de
setembro inteiro para finalizar esse livro. A autora nos traz personagens muito
legais, nos traz cenários e desafios maravilhosos. Eu estou pegando uma
paixãozinha por livros que se passam no deserto, até agora eles me conquistaram
bastante.
Laia é uma
garota meio indecisa aos meus olhos e muito ingênua, porém ela é cuidadosa e
desconfiada, o que é bom nesse lugar para onde ela vai, pois é quase impossível
se confiar em alguém. Porém esse extremo cuidado e hesitação que ela tem são um
pouco chato em determinado momento, acho que ela se fecha demais quando já não
precisa se fechar. Ela é corajosa, mas não sabe disso, ela insiste que é
covarde por causa de um “erro” que cometeu, e agora ela está lutando, está
dando literalmente tudo de si para salvar seu irmão, está enfrentando o inferno
na Terra, isso pra mim é coragem, ela só precisa enxergar isso. O que me fez
desgostar um pouco dela é a tamanha ingenuidade, pois a um momento desse livro
que nós, leitores, sacamos que tem algo de errado com a Resistência e o que
eles estão pedindo para a Laia, que não tem nada a ver com salvar seu irmão, e
ela não se toca, e quando se toca já é tarde demais.
Elias é o
diferentão entre os Mascarás. Ele tem uma amiga de infância chamada Helene e
que é a única mulher (além da Comandante) Mascará na Academia. Sua relação com
ela é puramente amizade, mas ele é homem, né... Elias é um homem que vive com
milhares de outros homens com variadas idades, e a única mulher daquele bando
(a única agulha no palheiro) é a Helene, então ele tem certos pensamentos. Mas
Elias é o tipo de cara comportado e se auto-repreende ao pensar essas coisas e
ele não haja de acordo com esses pensamentos em nenhum momento. É um personagem
decidido e de bom senso, sabe que o lugar onde foi criado é um lugar errado, um
lugar ruim, e ele quer acabar com essa vida, não importa quem irá deixar para
trás. Eu gostei bastante do personagem, mas ele não me conquistou
completamente, não me apaixonei por ele 100%. Não sei bem porque, acho que ta
faltando coisas, e talvez eu descubra essas coisas no próximo livro.
Helene é uma
personagem surpreendente. A única garota Mascará da Academia. Ela é teimosa e
osso duro de roer, as pessoas vivem subestimando ela e sempre acabam quebrando
a cara. Apesar de ser super durona e toda cheia de conhecimentos marciais, ela
é uma garota, por dentro e por fora e muitas pessoas (os personagens) se
esquecem disso, e ela até prefere assim. Ela é uma personagem meio misteriosa,
ainda mais quando guarda segredos e quando sabemos disso, Helene faz com que
fiquemos super inquietos para saber o que ela sabe. Apesar de tudo isso, meu
santo não bateu tão com ela, não. Não desgosto da personagem, até admiro ela em
certos momentos (nem todos, porque tem hora que da vontade de jogar ela no lixo
por pensar que coisas erradas são certas), mas simplesmente ela não me agradou
tanto. Talvez seja porque o coração dela é em parte bom em parte ruim, e mais
por meio do livro vemos muito da parte ruim onde ela fala e demonstra para nós,
leitores, que na opinião delas certas coisas que são erradas estão, na verdade
certas, ou nas vezes em que ela não levanta um dedo quando vê algo horrível
acontecendo a pessoas inocentes, ao contrario de Elias. Elias tem a consciência
do certo e do errado, já Helene parece está perdendo cada vez mais o bom
senso... Ela ainda sabe o que é certo e errado, mas tem hora que ela parece não
saber, não liga e isso dá muita raiva dela.
Não temos
muito foco em outros personagens que não esses três, mas conhecemos um pouco
alguns que acredito terão mais presença no segundo livro:
Keenan é um
garoto da Resistência e no inicio ele é extremamente irritante, principalmente
com a Laia. Apesar de bem aos pouquinhos mudar sua maneira de falar e se
comportar com ela, ele ainda é uma pessoa irritante até o final. Não gostei nem
um pouco dele e tenho altas desconfianças com relação a ele, tem muita coisa
que ele está escondendo kkk.
A Resistência
é meio confusa, como eu disse, eles estão divididos, então tem um lado em que
você acredita que querem combater o mal, e o outro que tem essa mesma linha de raciocínio,
porém distorcida. Estou muito curiosa para saber como vai seguir essa Resistência,
como a Laia vai lidar mais pra frente com certas traições e algumas
descobertas...
Estou bem
curiosa para ler o segundo livro, a forma como esse primeiro terminou me deixou
com uma pulga atrás da orelha e quero logo pegar o segundo livro para ler. Só
que eu não me vejo pegando-o para ler ainda esse ano kkkk, tem muito livro na
frente ainda pra ler, então o segundo livro vai ter de pegar uma poerinha La na
estante por um tempinho hehe.
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