Livro: A
Prisão Do Rei #3
Autora:
Victoria Aveyard
Editora:
Seguinte
Páginas: 535
ISBN:
978-85-5534-027-7
Pontuação: ★★★
Comprei o
livro quando estava em pré-venda, mas demorei quase uma eternidade para pegá-lo
para ler. Me faltou força de vontade para encarar esse livro depois da chatice
que foi o segundo. Mas até que eu achei esse terceiro livro melhor que o
segundo.
Nem preciso avisar que essa resenha terá spoiler dos dois livros anteriores, né?
As páginas
são amareladas, a fonte é grande, têm um mapa no inicio do livro e têm vinte e
nove capítulos e epílogo. O livro é narrado por três pessoas: Mare, Cameron e
Evangeline (sendo que Evangeline narra mais para o final do livro, e, se não me
engano, ela narra três vezes apenas). Mare é a que mais narra. Eu comprei meu livro na pré-venda e veio com o brinde: uma bandana da Guarda Escarlate (última foto desse post).
(Capítulo)
(Páginas)
(Marcador)
Mare Barrow
está presa nas garras de Mave Calore, o novo Rei de Norta. Um Rei tirano que
enganou a todos de muitas maneiras, traindo tantos apenas por poder. Para
salvar seus amigos, Mare se sacrifica pondo-se no lugar de seus amigos e aceitando
ser levada por Maven. No palácio, Maven a coloca em cativeiro com Guardas Arven
lançando seus poderes silenciosos nela, impedindo-a de ter acesso aos seus
raios, além de também estar presa com pedras silenciosas, mas um peso para
abafar todo seu poder e enfraquecê-la.
Seis meses
presas. Seis meses na presença de um homem que, um dia, Mare acreditou ser seu
amigo. Um homem que ela ainda ama. Seis meses sendo obrigada a fazer, dizer e
ver coisas horríveis contra sua vontade, coisas que prejudicarão seu povo, os
vermelhos, e dificultará a Guarda Escarlate com seus levantes. Seis meses
descobrindo cada vez mais a fundo quem Maven realmente é - sua mãe pode ter
morrido, mas isso não muda nada. Maven ainda é um monstro, um homem sem alma e
sem piedade, mas talvez ainda tenha algo em seu coração... Mare precisará fazer
o possível para se manter viva, jogadas e trunfos para tentar derrubar as
estruturas do Rei. Só que Maven também sabe revidar na mesma moeda, talvez de
forma até pior. A guerra está ai, mas não é apenas Maven quem tem cartas nas
mangas, usando Mare a seu favor, a Guarda Escarlate também tem seus segredos e
estratégias e não cairá facilmente nas armadilhas deixadas por Maven. Eles se
levantaram vermelhos como a aurora.
Esse livro
ele foi bem lento. Mas comparado ao segundo ele foi melhor. O segundo livro
teve muita ação, o que foi bom (o que achei chato no segundo livro foram outros
motivos), nesse terceiro livro praticamente não teve ação nenhuma, apenas três
momentos de ação/luta ou algo assim. O livro inteiro é focado na prisão da
Mare, e nesses momentos que ela está presa, a autora nos trás como foco,
também, a política, estratégias de guerra, até mesmo conhecemos um pouco da
história de Norta.
Mare está
acabada. As pedras silenciosas e os poderes dos Arven a deixam super fraca, não
apenas impossibilitam o acesso ao seu poder. Boa parte do livro ela apenas
observa do que age, afinal ela não pode fazer muito fraca como está sem os
poderes e cercada de muitos prateados com seus poderes. Quando ela está na
presença de Maven, ela parece murcha e ao mesmo tempo se fortalece, Mare ainda
espera que Maven volte a ser como antes, pois acreditava que boa parte da
maldade e de seus atos binham da mãe dele que era uma Murmuradora, ou seja,
entrava na cabeça das pessoas e mudava, controlava, tirava, ou mesmo colocava coisas
que ela desejasse. Acho que o tempo que
ela passou prisioneira foi bom para ela com a questão de no futuro enfrentar
Maven, porque enquanto estava cativa ela pode ver muito melhor como ele é e que
precisa ser parado. Mare ficava com muita pena, muita saudade, muito triste com
Maven, mas com o tempo ela percebe que ele não tem cura. Ele é o que é. Acho
que quando Mare saiu das garras de Maven, ela mudou bastante, acredito que sua
visão das coisas e pessoas, e até mesmo sobre suas atitudes passadas (coisas
que eu odiei no segundo livro), mudaram radicalmente. Mare melhorou muito como
pessoa, mas agora está mais deprimida do que nunca.
Maven é um
lunático fanático. A mãe dele mexeu muito com a cabeça dele e estragou o
coitado, o que foi uma coisa triste. Mas o que foi feito, foi feito. Maven é o
que é agora: um maluco por poder, obsessivo com Mare, uma obsessão muito ruim
que prejudica ambos. Eu achei bem interessante ter tido mais presença dele
nesse livro, já que no segundo ele era mais citado. Havia momentos que,
confesso, me senti exatamente como Mare: com muita pena dele e com vontade de
sacudi-lo e gritar “volte ao normal!”. Mas Maven é alguém que não se pode
confiar ou baixar a guarda nem por um segundo, pois em um minuto que você está
com pena dele se lembrando do garoto amado que era, no outro ele já está com um
punhal na mão pronto para te apunhalar nas costas. Maven é um enigma, quando
você acha que está entendendo ele, você percebe que não está. Ele é cheio de
surpresas e cartas nas mangas, é um jogador tão bom quanto Mare principalmente
quando se trata de apunhalar pelas costas.
Evangeline é
outra personagem que aparece muito, já que ela é a futura Rainha e está sempre
no palácio. É uma personagem que me surpreendeu. Continua a mesma, mas vemos um
lado diferente dela quando ela narra, cheguei até a lembrar da Celeste de A
Seleção (mais precisamente de A Escolha), só que a diferença é que por mais que
Evangeline tenha mostrado outro lado ela ainda não deixou de ser mimada,
ignorante, gélida e malvada. Eu estou muito curiosa para ver o desenvolvimento
dessa personagem no próximo livro. Evangeline me chamou prendeu atenção nesse
livro do que qualquer outro personagem além de Maven. Gostei de ver a relação
dela, mesmo que brevemente, com o irmão Ptolemus (por mais fula da vida que eu
esteja com ele).
Cameron
narra muito pouquinho, mas ou pouco que aparece já é um saco cheio de rabugice.
Nunca vi uma personagem tão mal humorada e pé no saco sempre dizendo as mesmas
coisas mais vezes do que posso contar: “Não sou como Mare” “Mare faria isso, eu
não” “Mare errou feio fazendo tal coisa” “Mare teria dito isso se estivesse
aqui” Mare, Mare, Mare, Mare, Mare... Cameron parece muito uma criança nesse
livro, se não me engano ela tem quinze anos, e, por mais que realmente seja uma
criança, no segundo livro ela mostrou um pouco de maturidade, mas nesse livro
ela me pareceu muito uma pirralha de mal com o mundo inteiro, sempre reclamando
de tudo e de todo mundo. Ela sempre diz que é obrigada a ficar lá na Guarda,
mas ela não é e sabe disso, ela fica fazendo birra e isso me irritou muito.
Felizmente isso só parece uma faze, porque depois ela melhora.
Cal também
aparece pouco, já que Cameron narra pouco (e ela é o único personagem da Guarda
que narra). Mas ele ta diferente também, no inicio estava bem chateado e
furioso com a ausência de Mare, mas quando ela volta ele fica bem mais vivido,
muito diferente até mesmo do que conheci em A Rainha Vermelha. Foi muito legal
ver algo mais forte crescer entre ele e Mare, mas foi algo breve, porém gostoso
de ver. Apesar disso tem algo no Cal que acho muito parecido com o irmão: o
fato de ele ser um enigma, e quando você acha que está entendendo ele, você
percebe que não está. É côo o livro diz (mais precisamente como Maven diz): Cal
segue ordens, mas não consegue tomar decisões. E isso é a mais pura e simples
verdade. Essa fraze resume muito o Cal. O final foi meio previsível, porque por
mais que Cal esteja diferente neste livro, algo nele nunca mudou, e isso me
deixa muito triste e novamente me pergunto como essa série vai terminar, porque
eu não consigo ver um futuro para Mare e Cal por mais que eu queira muito. Desde
o segundo livro eu tenho algumas suposições do que pode acontecer (apesar de
torcer muito para que não aconteça): ou Mare morre; ou Cal morre; ou ambos
morrem; ou ambos ficam vivos, mas não juntos. As quatro suposições têm algo em
comum: de um jeito ou de outro eles não ficam juntos. A relação deles é como uma balança
desequilibrada, sempre tem algo que faz a balança pender para um dos lados
mesmo quando você não põe nenhum peso e mesmo assim a balança continua
desequilibrada pendendo para um dos lados. Não importa o quanto eles pareçam
felizes ou de bem um com outro, sempre tem algo maior que vai estragar tudo, e
dessa forma não consigo vê um futuro com eles juntos.
Kirlon mal
aparece, acho que depois do grande fora que a Mare deu nele no segundo livro (e
não me refiro a um fora de amor/rejeitado, ou algo assim, foi outro tipo de fora que deixou o
coitado muito deprimido e inútil), ele parece ter percebido que pode ajudar
muito em outras áreas e que não precisa estar na linha da frente em uma guerra
para provar algo.
Farley
também não tem muita presença, mas o pouco que tem já me deixava triste, porque
não tem como ler sobre ela sem lembrar da grande perda do segundo livro. Fiquei
feliz por saber que ela realmente estava grávida, mas ao mesmo tempo triste.
Acho que fiquei como a Mare também kkkk. Gostei de ver que o tempo todo ela se
manteve forte e firme na Guarda apesar de suas condições, gosto muito da
personalidade forte dessa personagem e estou curiosa para ver seu destino no
próximo livro.
A família de
Mare quase não apareceu, e fiquei triste porque gostaria de conhecer muito mais
sobre os irmãos dela que mais são mencionados do que marcam presença. Gostei de
conhecer novos sanguenovos e seus poderes, e alguns até mesmo com poderes
iguais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário