Resenha - Divina Vingança

Livro: Divina Vingança #2

Autora: Robin LaFevers

Editora: V&R

Páginas: 390

ISBN: 978-85-7683-954-5

Pontuação: ★★★★

Levei dois anos para conseguir pegar a continuação de Perdão Mortal, isso porque tanto o segundo livro quanto o terceiro dessa trilogia sempre estavam muito caros, e eu não conseguia comprar. Colocava e tirava do carrinho mais vezes do que posso contar ou lembrar, até que uma promoção relâmpago na Amazon baixou o segundo e o terceiro volumes para vinte reais e não perdi tempo!

As páginas são amareladas, eu achei a fonte pequena desse livro comparado ao primeiro, têm cinquenta e dois capítulos super curtinhos. Tem um mapa da Bretanha com os nomes de alguns lugares onde passa a história.

(páginas)

(capítulo)

(mapa)

(nome dos personagens e quem eles são na história)

Sybella tem uma missão muito importante para cumprir, porém é uma missão extremamente arriscada e difícil, pois onde ela precisa estar e com quem ela precisará conviver por um longo tempo, irá trazer os terrores e segredos de seu passado tão perturbado. Mas por ser uma serva de Mortain, o Deus da Morte, – e por tanto serve ao convento Saint Mortain – ela precisa recolher informações e terá de encarar essa missão, fingir ser quem não é, fingir apoiar quem não apóia, e fazer o máximo para que ninguém suspeite de suas reais intenções e a quem ela realmente é leal.

Sybella acaba recebendo uma mensagem da Abadessa de Saint Mortain informando-lhe que ela precisará resgatar um certo prisioneiro sendo mantido preso pelo Conde D’Albret e levá-lo de volta a proteção da Duquesa. Sybella precisará levar o tão valente e destemido cavaleiro lendário conhecido como a Fera de Waroch. Porém não será fácil, pois o homem foi muito mal tratado e precisará de muitos cuidados médicos, o problema é que seu caminho até a Duquesa é uma viagem de três dias, porém com Fera tão machucada assim a jornada será mais longa ainda, e com os guardas de D’Albret atrás do fugitivo e de Sybella as coisas só irão complicar mais.

Dois anos para pegar esse livro... Que triste! Quando li Perdão Mortal eu o terminei sedente pelo segundo livro, mas demorei dois anos para comprá-lo, e o fogo que senti na época que li Perdão Mortal foi se desvanecendo, então quando peguei esse segundo livro para ler eu já não estava mais com aquele fogo de antes, aquela ansiedade de antes. Apesar de ter sido um livro maravilhoso, muito rápido de ler, eu não me senti tão ligada a ele quanto me senti quando li Perdão Mortal.

Divina Vingança vai focar menos na política (diferente do primeiro livro que teve um foco enorme na política) e mais na história pessoal de Sybella, como a autora bem diz em Notas Do Autor. A maioria desses fatos históricos acontecidos em Perdão Mortal e Divina Vingança (e com certeza em Amor Letal, o terceiro livro) realmente aconteceram. A autora fez uma pesquisa extraordinária, ela estudou bastante, sobre a Bretanha e os Franceses e resolveu criar uma história de fantasia usando muitos elementos históricos reais que aconteceram em 1489 a 1491. Muitos nomes reais e muitos fatos reais, tirando, claro, a fantasia dos livros. Foi maravilhoso visitar um era medieval histórica e saber que grandes fatos desses livros realmente aconteceram, é como um livro de História contado como uma história de ação, romance e intrigas.

Tenho que confessar que fiquei bem triste os terminar o primeiro volume dessa trilogia e depois descobrir que cada um dos três livros são narrados por um personagem diferente. O primeiro foi por Ismae, o segundo por Sybella e o terceiro e último por Annith. Todas essas personagens aparecem brevemente no primeiro livro antes de a história se voltar completamente para a missão de Ismae. E, por Sybella e Annith aparecerem muito brevemente, não se tem a chance de conhecê-las, e elas acabam deixando qualquer um curioso sobre elas. Eu gostei de cada livro ser narrado por cada uma, porém fiquei triste também, pois eu amei a história de Ismae e queria mais.

Nesse segundo livro temos a aparição de Ismae, só que muito pouco. O foco é todo em Sybella já que o livro vai trazer a história dela, só que esse livro se passa poucos momentos antes de terminar o primeiro livro. Então sim, esse livro é uma continuação, assim como o terceiro será também.

Sybella é uma personagem bem durona e cheia de escuridão. Passou por coisas horríveis, teve que enfrentar ou abaixar cabeça para situações ruins, ou para pessoas ruins, pois se fizesse algo seria morta. Ela cresceu em um ambiente violento e corrupto e sem paixão, e agora depois de três anos ausente terá de voltar para o inferno novamente. A história do passado de Sybella é contado bem lentamente de forma que bem aos pouquinhos ficamos sabendo detalhadamente de certas coisas que ela passou, e que foram bem horríveis. Ela é bem diferente de Ismae que parece ser ao mesmo tempo durona, porém delicada. Sybella é bem descrente, é desconfiada e triste, só que ela oculta a tristeza através da raiva.

Adorei saber que Fera sobreviveu! Ele faz parte do primeiro livro e o vemos em muitos momentos e eu adorei ele, porém não se sabia tanto sobre ele, e com esse segundo livro, felizmente, podemos conhecê-lo muito melhor. E me apaixonei por ele! É um personagem durão só que ele tem aquele ar descontraído e divertido.

Existe um mistério envolvendo a Abadessa que desde o primeiro livro tenho me coçado para descobrir o que há com essa mulher, porém até agora não descobrimos nada, só mais situações suspeitosas que leva a mais mistério.

Ismae e Duval têm suas participações nesse livro e me senti muito nostálgica toda vez que eles apareciam e novamente desejei mais um livro de Ismae só para saber sobre esses dois. Felizmente Sybella nos dá algumas informações.

Estou ansiosa para o livro de Annith, ela também tem sua breve aparição no inicio de Perdão Mortal e é muito citada tanto no primeiro livro quanto nesse segundo.