Livro: Corte
De Asas E Ruína
Autora:
Sarah J. Maas
Editora:
Galera Record
Páginas: 682
ISBN:
978-85-01-11012-1
Pontuação: ★★★★★ ❤
Comprei o
livro em pré-venda para ganhar o mapa, não me lembro quando exatamente, mas
acho que fazia uns três meses que eu estava tão ansiosa para tê-los em minhas
mãos. Eu fiquei praticamente Outubro inteiro sem ler nada só esperando o livro
chegar, porque eu não queria estar lendo nenhum livro quando CDAER chegasse.
Infelizmente ouve um atraso na entrega e meu livro, que foi lançado dia 05, só
foi entregue no dia 14.
Gente, essa
resenha será um pouquinho grande (eu disse pouquinho? Não, eu quis dizer muito!) porque eu tenho muita, muita, muita, muita coisa
para falar desse livro (prometo que não terá spoiler).
As páginas
são amareladas, a fonte é okay, eu não gostei tanto da capa, não acho feia e
terrível, mas em comparação com as outras duas eu achei essa bem esquisita,
talvez seja essas asas na capa. Talvez a garota na capa devesse ter ficado mais
invisível como a imagem oculta na capa do segundo volume (sério gente, um ano
com o livro na estante e eu só fui reparar nessa imagem oculta agora). Têm
oitenta e dois capítulos, alguns curtinhos outros longos. O livro é dividido em três partes. Rhysand só narra o
primeiro “capítulo” e o penúltimo capítulo.
(capítulo)
(páginas)
(mapa)
Se você não
leu os outros dois primeiros volumes e não gosta de spoilers, sugiro que pare
de ler essa resenha, porque terá muitos spoilers dos outros dois livros (nada
muito grande ou impactante, mas ainda sim será um spoiler).
(essa caneca maravilhosa comprei na Vitrine 42, pretendo comprar mais com o tema da trilogia)
Com os
acontecimentos finais de Corte de Névoa E Fúria, Feyre está de volta a Corte
Primaveril com Tamlin acreditando que um feitiço que a aprisionava a Rhysand
foi quebrado. Mas ele está enganado, e mal sabe ele que acaba de deixar a
Grã-Senhora da Corte Noturna entrar em suas terras. Feyre nunca esteve sobre
feitiço nenhum, mas ela esta fingindo que esteve. Com a aliança de Tamlin com
Hybern, Feyre vê uma oportunidade de espiar o inimigo de perto. E é exatamente
isso que ela faz. Feyre atua como a garota que era no inicio de Corte De Névoa
E Fúria, a garota que amava Tamlin e aceitava ser controlada. Ela está com
ódio, esta com raiva e quer destruir seus inimigos. Vingança.
Longe da
família e dos amigos, Feyre faz de todo o possível para conseguir informações e
voltar logo para casa, para seu parceiro e suas irmãs recém transformadas em Feéricas
pelo Caldeirão. Com ajuda inesperada de um antigo amigo, Feyre consegue tudo o
que precisa para voltar para casa, porém sua jornada de volta não será fácil.
Quando Feyre
se une novamente com aqueles que ama, todos sabem que não a tempo a perder. As
forças de Hybern estão se aproximando, o Caldeirão está a caminho para destruir
toda Prythian e a muralha que separa os humanos dos feéricos. O Rei Hybern
pretende escravizá-los como antigamente. Mas Feyre e sua família estão para
lutar e salvar os inocentes, com a ajuda dos Grão-Senhores de outras Cortes e
possível bestas aliadas também. Mas a guerra não será fácil, Feyre precisará
enfrentar muitos de seus medos e abrir mão de muitas coisas que jamais teve a
intenção de abrir.
Preciso dizer a mesma coisa que falei na resenha de Corte De
Névoa E Fúria: quando vi o calhamaço que era o livro eu fiquei bem feliz,
normalmente se tem preguiça de ler um livro de quase setecentas, mas quando a
história é tão fascinante, encantadoramente viciante, magnífica e envolvente,
você acaba dando pulinhos pelo livro ser tão grosso assim, porque significa que tem muita, muita, muita, muita
coisa para ler. Sabe aquela sensação que você tem de não querer que o livro
acabe, pois é, com um livro grosso desse ele leva um tempo para acabar, o que é
maravilhoso ainda mais quando a história é maravilhosa!
Esse
livro foi realmente incrível. Uma leitura super rápida e fluida, gostosa e
muito envolvente. Porém confesso que esperava mais. Acredito que esse
sentimento deva-se a ansiedade que fiquei esperando esse livro, fiquei tão
ansiosa que especulava o que aconteceria, como aconteceria, como terminaria,
como se iniciaria, etc. Eu acho que a última vez que fiquei com tamanha
ansiedade assim foi com o último volume de As Crônicas de Amor E Ódio. Eu
sonhava com esse livro (CDAEF), pensava nele o dia inteiro, a ansiedade era
tanta para saber das coisas nesse livro que eu cheguei a procurar muitos e
muitos spoilers dos gringos que já tinham lido o livro desde Maio (não, os
spoilers não me atrapalharam na leitura). Quando o livro chegou, não tem como
descrever o tamanho da minha felicidade, assim que abri a caixa logo comecei a
ler e a devorar o livro.
O
livro foi incrível, foi maravilhoso e foi emocionante. Porém acho que a autora
não explorou tanta coisa que era para se explorar. Outros personagens foram
deixados praticamente de lados e mal era mencionado os nomes desses
personagens, eles mal falavam também. Mas vou entrar em mais detalhes sobre
isso depois no decorrer dessa resenha.
Para
quem não sabe essa série terá oito livros (na verdade nove já que Sarah
anunciou um livro extra ano que vem, mas já já explico sobre isso), mas não são
bem continuações: esses três livros da Feyre é apenas uma trilogia, ou seja, a
história de Feyre acaba nesse terceiro livro. Dois livros são de colorir e já
saíram lá fora, três livros serão narrados por três personagens diferentes
(esses três livros se passará após Corte De Asas E Ruína), a autora ainda não
anunciou quem será esses três personagens, porém muita gente (inclusive eu)
estão apostando em: Nestha, Elain e Mor. E eu espero muito que sejam elas
mesmo, pois as portas e janelas deixadas abertas em Corte de Asas E Ruína a
maioria foi envolvendo essas três personagens e algumas pessoas bem próximas a
elas. Contando tudo dá oito livros. Mas a querida Sarah anunciou recentemente
um nono livro que será lançado ano que vem. Esse nono livro vai falar sobre as
reconstruções e as cicatrizes da guerra, e será narrado por Feyre e Rhys. A
autora falou que pode parecer, porém não é uma continuação. Como eu disse foram
deixados muitas janelas e portas abertas para muitos personagens, tantas portas
e janelas que a autora conseguirá trabalhar nisso muito mais profundamente
nesses livros que irão sair, mas principalmente nesse nono livro anunciado
recentemente.
Agora
vamos falar dos personagens. Feyre continua a mesma: destemida, guerreira e
agora mais que nunca uma mulher forte e independente. Depois de passar por toda
uma superação e aceitação no segundo livro, Feyre está mais ciente do que quer
e do que precisa para ser feliz. Ainda não é fácil deixar as mágoas para traz,
por esse motivo ela esta com ódio e desejo de vingança. Pessoas que ama foram
machucadas, ela foi traída e arrastada para longe de quem ama. Ela está mais
forte nesse livro. Por ser uma Grã-Senhora agora, Feyre também está mais... Como
posso dizer? Ela trás a imagem de uma líder forte nesse livro.
Rhysand.
Meu maravilhoso e incrível Rhys. Rhysand mostra nesse terceiro livro seu lado
real para todos das outras Cortes, como forma de acabar com a força e ganhar a
confiança de que precisava para todos lutarem. Além disso, nó conhecemos a real
força de seu poder e vemos o quão forte ele é mais que todos os Grão-Senhores.
Vemos o desespero e os incansáveis sacrifícios que Rys está disposto a fazer
por aqueles que ama e por Prythian. Acho que todo mundo chorou em uma certa
cena mais pro final do livro... Eu simplesmente fechei o livro com tanta força
e fiquei olhando para a parede e repetindo que eu li errado diversas e diversas
vezes kkkk.
Uma
das coisas que mais gostei na relação dele com Feyre foi a amizade, desde Corte
De Névoa E Fúria. Uma amizade rica e linda, construída bem lentamente,
crescendo de uma maneira natural e envolvente. Nesse livro mostra que a relação
deles é muito mais do que realmente é, amizade e companheirismo acima de tudo.
Um se apóia no outro, um confia no outro, um trabalha junto com o outro. É uma
parceria muito forte e unificada entre eles. Muita gente reclamou sobre esse
livro não ter um grande foco no amor entre eles, mas acho que a Sarah explorou
esse amor com mais intensidade em CDNEF, então realmente não tinha necessidade
de ela trabalhar detalhadamente nesse romance nesse terceiro livro. Não deixou
de ter o romance entre Rhys e Feyre no livro, porém não foi tão abordado como
foi em CDNEF. O livro tem foco absoluto na guerra, no problema enorme que eles
precisam impedir, então realmente não tinha necessidade que a autora focasse
uma quantidade maior de romance nesse livro.
Tamlin
é um personagem que mal aparece, e quando aparece está da mesma forma que vemos
no inicio de CDNEF: possessivo e agressivo. Como assim agressivo? Bom você não
pode dizer nada do que pensa para ele porque se não ele explode. Então Feyre
tinha que bancar a calada e boazinha dama de casa com ele. Ele está com mais
ódio nesse livro depois do que Feyre fez. Eu diria que fiquei com ódio dele da
mesma maneira que fiquei em CDNEF, porém esse livro me trouxe mais o sentimento
de pena do que de ódio. A autora não explorou ele tão bem nesse livro, tudo o
que aparece dele nesse livro é para sinalizar as feições que ele fazia (e a
maioria era de ódio puro), e nada mais. Esse personagem ficou confuso a partir
de CDNEF, a autora pareceu reconstruir completamente a personalidade dele em
CDNEF, e essa nova personalidade permaneceu em CDAER.
(vi uma pintura dessas (o quadro da esquerda) na internet e achei tão legal que quis tentar fazer, a imagem original tem a montanha e as três estrelas, mas eu quis colocar a frase "To The Stars Who Listen And The Dreams That Are Answered" porque amo muito)
Elain
e Nestha. Duas garotas traumatizadas com o que aconteceu em Hybern, porém
apenas uma delas demonstra total desolação e uma depressão forte: Elain. Ela
foi a mais afetada, pois estava de casamento marcado e ela amava muito esse
cara, porém ele tem um ódio muito profundo por feéricos, então no fundo ela
sabia que já era tudo o que planejará para ambos. Além disso, aos poucos vamos
descobrindo coisas que Elain pode ser capaz de fazer, isso é um mistério para
todos até mesmo para Elain. Quanto à parceria de Elain e Lucien... Bom, com a
situação depressiva de Elain, Lucien mal teve acesso a ela, então não foi uma
das coisas tão trabalhadas no livro, provavelmente deixado para trabalhar
melhor em um dos três livros que pode ser possível que ela irá narra. Nestha
continua a cachorra irritadiça do primeiro livro, achei realmente que ela tinha
melhorada alguns porcentinhos no segundo livro, mas depois do que aconteceu com
ela em Hybern eu até entendia porque ela tava tão mais irritadiça do que já
era, porém foi demais nesse livro. Acho que ela extrapolou o limite de vadia
mal-humorada nesse livro, ela parece uma pessoa sem emoção nenhuma a não ser
ódio e mal-humor. Mas ela vai mostrando aos pouquinhos (mais para o final do
livro) alguma emoção além de ódio, e a maioria dessas novas emoções eram
direcionados a Cassian. O final de Nestha nesse livro foi um dos mais
incompletos, e é por isso que acredito mais ainda que um dos três livros será
narrado por ela. Acho que de todos, ela é a que mais precisará superar tudo o
que aconteceu na guerra.
Cassian
e Azriel continuam os mesmos gostosos e engraçados... Bom, Cassian é o
engraçado e descontraído e Azriel o mesmo sério de sempre, mas de uma forma
fofa e sedutora. Apesar de que nesse livro, ambos estão mais sérios e sombrios
por causa da guerra. Azriel foi o que mais me surpreendeu (depois de Rhys) com
a sua força e determinação. Quando o livro ainda não foi lançado aqui e eu
procurava por spoilers dos gringos, eu encontrei uma quantidade absurda de
gente shipando o Azriel e um certo alguém (não, não estou me referindo a Mor).
Mesmo antes de ler o livro eu comecei a shipar também, porque de certa forma eu
percebi que esses dois ficariam bem juntos. Azriel pode ser sério demais, mas
não deixamos de ver seu lado descontraído, a maneira com que ele demonstra o
amor que sente por seus amigos/família e também temos muitos momentos fofos de
timidez dele. Então acho que Azriel e esse certo alguém não ficariam ruim.
Comecei a shipalos crente que vou ver muitas cenas desse possível casal no
livro. Mas não. É praticamente inexistente cenas desses dois no livro. Quem
plantou esse shipe em nossas cabeças foi Feyre quando ela sugeriu isso dizendo
em voz alta que os dois super rolava (claro que não com essas palavras kkk).
Existe umas três ou quatro cenas de Azriel com esse alguém, mas são cenas super
casuais que não indicam/demonstra algo mais, a não ser na cena da espada
Reveladora da Verdade logo no final do livro (quem leu sabe do que estou
falando, de que momento especifico me refiro). Essa cena foi a mais forte
indicação que seria possível sim algo rolar, mas fora isso realmente as cenas
esses dois foram tão fracas que se não fosse pelo apoio de Feyre eu acho que
ninguém iria shipalos. Mas ainda sim continuei shipando eles. Me esqueci completamente
do outro pretendente dessa personagem, até porque ele mal aparece.
Cassian
continua o descontraído e bobo de sempre, nesse livro ela passou a amar irritar
Nestha, parece que ele é o único que não se deixa afetar pelo humor sombrio
dela e continua em cima dela tentando tirá-la da casa. Dentre as irmãs, acho
que a relação de Nestha e Cassian foi muito mais mostrada dos que as outras
duas (Feyre e Elain), eu gostei bastante disso e fiquei curiosa para continuar
a ver em algum próximo livro.
Mor
e Amren, duas personagens intrigantes nesse livro. Mor com seu passado
perturbado e sombrio, precisa mais do que nunca deixá-lo para trás nessa guerra
e enfrentar aqueles que ela odeia e que ainda a faz se sentir magoada, pois
nessa guerra todo aliado é essencial até mesmo os antigos inimigos. Amren está
um pouquinho desaparecida nesse livro e fora de ação comparado ao segundo
livro. Todo tipo de ação que tem nesse livro ela é deixada para trás, e também
elea esta sempre trancada em um canto tentando decifrar o livro e/ou em algum
canto também tentado treinar Nestha. Então a participação dela nesse livro é
muito fraca. Depois que Amren foi libertada para sua forma original e
descobrimos quem ela é, eu gostaria de ter conhecido melhor a história de
Amren, a autora não trabalhou muito nisso e acredito que talvez seja uma das
poucas questões que ela não trabalhará nos outros livros. Muita gente ficou
confusa sobre o que Amren é exatamente, pois a autora não deu um nome, porém eu
entendi só pela forma como a autora descreveu Amren quando ela se libertou.
Infelizmente não posso dizer, pois será um spoiler, fiquem a vontade para
pedirem nos comentários quem quiser que eu direi.
Lucien
foi o personagem mais pouco trabalhado nesse livro. Tem um momento do livro que
ele simplesmente desaparece, ele vai em uma missão para bem longe e... E
pronto. Não ouvimos falar dele metade do livro até as últimas páginas. Com a
revelação de que Elain é sua parceira, ele vai para a Corte Noturna com Feyre
para poder vê-la e falar com ela. Porém com o estado de Elain muitos, incluindo
o próprio Lucien, estão com medo de que ele se aproxime e ela fiquei bem mal do
que já esta, afinal ela tava de casamento marcado com o homem que amava e de
repente tudo acaba e descobre que tem um parceiro... As coisas precisam ir com
muita calma. E elas vão com muita calma, Lucien quase não vê Elain, e quando vê
é uma coisa estranha e pouco dialogada, até eu me senti desconfortável nessas
cenas mais que o próprio Lucien.
Quero
nem mencionar o nome de Ianthe nessa resenha (okay, já mencionei!). Ela mereceu
o que teve e ainda achei pouco. As melhores partes foram no inicio quando Feyre
tirava toda a atenção e adoração que Ianthe recebia kkkk.
Temos
o prazer de conhecer os Grão-Senhores das Cortes nesse livro. Gostei da
maioria, apenas dois que me deixaram com raiva e ódio. Meu preferido (depois do
Rhys) é Helion, ele é praticamente um Rhys dois com a questão do disfarce e do
humor descontraído. Infelizmente não temos a oportunidade de conhecer o local de
cada Corte, conhecemos apenas duas nesse livro: Outonal e Crepuscular. A
Outonal o que conhecemos é só de passagem mesmo, a autora não se aprofunda mais
nessa Corte, mas temos uma noção de como ela é. A Crepuscular é mais
aprofundada, na verdade mais ou menos já que não passamos do Palácio, então não
conhecemos bem a Corte inteira como chegamos a conhecer a Diurna no segundo
livro. Eu poderia dizer que conhecemos também a Invernal, porém a Invernal é
quase o mesmo caso que a Outonal, uma passagem rápida e mal aprofundada.
Amei
as participações dos seres que não são desse mundo (mundo feérico) e que são um
mistério. O Entalhador De Ossos, a Tecelã, e o mais novo monstro que conhecemos
nesse livro. Amei ver a participação deles na guerra, foi super: QUE FODAAA.
Adorei a revelação do Entalhador, sobre quem ele é na frente de Feyre eu soltei
tantos pulos que cheguei a dar uma torcidinha no pé kkkk. Adorei rever o Suriel
e chorei muito também. Também fiquei triste com relação à outra dessas
criaturas, apesar de não ser uma criatura muito... Sei lá, legal, ou que mesmo
tenha aparecido muito nesse e no segundo livro para que tenhamos um certo
carinho... Bom mesmo assim me senti triste com a morte desse ser.
Estou
curiosíssima para os outros livros, principalmente esse que vai sair ano que
vem narrado por Feyre e Rhys contado sobre as coisas pós-guerra. Acho que vou
voltar a ter a mesma ansiedade que tive com esse terceiro livro com a chegada
do mais novo livro. Espero muito, muito, muito que a Galera Record publica os
livros extras que irão sair!
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