Livro: O
Coração Da Esfinge #2
Autora:
Colleen Houck
Editora:
Arqueiro
Páginas: 367
ISBN:
978-85-8041-606-0
Pontuação: ★★★
Demorei um
tempo para pegar a continuação de O Despertar Do Príncipe, eu tava com medo de
que eu sentisse a mesma coisa que senti em A Maldição Do Tigre com esse segundo
livro. Vou explicar melhor no decorrer da resenha.
As páginas
são amareladas, a fonte é pequena, diferente do primeiro livro esse segundo não
é dividido em nenhuma parte. Têm vinte e oito capítulos, prólogo e epílogo. Nas
últimas páginas do livro tem um conto extra: O Unicórnio E O Leão (é uma
história que se passa durante uma parte do livro, mas parece que foi cortada e
a autora decidiu por como um “conto”, algo assim). Eu gostei muito da capa, é a
minha preferida da trilogia, apesar de também amar a capa do primeiro livro.
(capítulo)
(páginas)
Lily Young
está sofrendo com a ausência de seu amado Amon, um príncipe de milhares de anos
e um dos Filhos Do Egito, uma múmia que ressuscitou para deter Seth. E agora
que ele cumpriu seu trabalho, precisou voltar para o além, um lugar onde os
vivos não podem estar. Mas uma ligação extremamente forte ficou entre Amon e
Lily, uma ligação que permitem que ambos se vejam em sonhos. Quando Lily dorme
e Amon está acordado, ela o vê enfrentando criaturas horrendas e tendo que se
esforçar para ficar vivo. Ela acha que são pesadelos, mas ela está enganada,
pois o que ela vê é a mais pura realidade.
Amon
escolheu o amor no lugar do seu dever, mas infelizmente ele não pode ir até
Lily, sendo assim escolheu fugir para um lugar aonde os Deuses não iriam atrás,
um lugar que ele achou que apenas poderia esperar até que o dia certo e o
momento certo chegassem e assim ele pudesse encontrar uma saída para ficar com
Lily, só que esse lugar não tem uma saída. O mundo dos mortos. Um lugar onde as
almas indignas que foram julgadas são enviadas. O mundo dos mortos é o mais
próximo daquilo que conhecemos como o purgatório, e lá Amon enfrentará incansavelmente
criaturas devassas, almas condenadas e desesperadas, além disso ele precisa
tomar cuidado com a criatura mais temida e a que domina o mundo dos mortos: A
Devoradora. Um demônio impiedoso que suga as almas dos condenados.
Com a ajuda
de Anúbis e do Dr. Hassan, Lily passará por testes e caças para se tornar uma
Esfinge, pois somente sendo uma Esfinge ela conseguirá entrar no mundo dos
mortos e salvar Amon antes que a Devoradora o pegue e sugue sua alma, e se isso
acontecer, Seth pode acabar sendo libertado. Mas mesmo após conseguir passar pelo
primeiro passo (se tornar uma Esfinge), as coisas não serão nada fáceis, pois
agora Lily tem uma companheira dentro de si, mais alguém habitando seu corpo,
compartilhando seu corpo. Isso pode ser algo bom, ou pode ser algo muito ruim
mais para frente. Lily pode acabar perdendo a sanidade e acabar se perdendo
dentro de si.
Eu tava
muito receosa em pegar esse livro, por mais que eu tenha gostado bastante do
primeiro. Eu fiquei com medo que acontecesse a mesma coisa que aconteceu com A
Maldição Do Tigre: eu amei o primeiro livro, mas depois que peguei o segundo
foi uma decepção, e desde então a série tem sido uma decepção para mim. Eu
fiquei com esse sentimento na cabeça, pensando que poderia acontecer a mesma coisa
com essa Trilogia: gostar do primeiro e me decepcionar com o segundo e quem
sabe com o próximo livro também. Bom, aconteceu exatamente isso.
O livro é
interessante, mas ele despencou muito em comparação ao primeiro volume, mais com
relação aos personagens e a atmosfera que a autora escolheu para esse livro que foi
o romance. Eu sempre disse nas resenhas de A Maldição do Tigre que a autora
escreve super bem as partes da ação e mistérios (charadas, enigmas, encontra
tal coisa ou tal pessoa, passar por tal lugar perigoso, etc), porém nesse livro ela deixou isso um pouco de lado, ela mais descreve o
cenário do que a batalha em si, e nesse livro eu achei que teve muito pouca
ação, e quando teve foi algo super curto e pouco trabalhado.
Uma coisa
que me incomodou extremamente foi que todos os personagens masculinos desse
livro se apaixonam pela Lily. Todos têm que cair de amores por ela e roubar
beijinhos, todos ficam encantados por ela, todos ficam hipnotizados por ela...
É um saco e ridículo, é tão extremamente ridículo que com isso a autora perdeu
tanta credibilidade comigo, coisa que mal tinha, que sinceramente não sei se
leria outros livros dela. Já achava o romance de A Maldição do Tigre super
rápido e muitíssimo bobo, mal feito e extremamente meloso (o triangulo amoroso
nem se fala, foi ridícula a tentativa dela de fazer um triangulo amoroso quando
tava na cara que não existia um), ai agora me vem esse segundo livro da
Trilogia Deuses Do Egito com um romance que tinha tudo para ser o melhor, mas
ai a autora inventa de colocar “mil e não sei quantos” pretendentes para a
protagonista. Aff né! Fica uma coisa muito feia, boba e ridícula. Será que eu repeti
muito a palavra Ridícula? É porque é muito ridículo mesmo, gente.
Tudo bem que
tem a desculpa do Escaravelho (porque é uma desculpa sim, ta bem óbvio que a
autora inventou isso como desculpa para criar cenas onde todos glorificam a
protagonista), mas mesmo com essa desculpa que a autora inventou, ficou algo
muito RIDÍCULO. Olha a palavra ai de novo.
Achei esse
segundo livro muito parecido com o segundo livro de A Maldição do Tigre, onde
Kelsey/Lily precisam encontrar seu parceiro correndo contra o tempo se não ele
pode morrer e blá blá blá, ah e tem a ajuda do irmão (nesse caso, nesse livro, dos irmãos),
ai tem aquela cena chata em que a protagonista fica confusa com seus
sentimentos, mas que no fundo ama seu parceiro e blá blá blá blá... Acho que a
autora não teve tanta criatividade para esse livro, foi algo previsível demais,
repetitivo demais. Acho que a única coisa que me deixou extremamente feliz nesse
livro é que o Dr. Hassan não tem presença, apenas no inicinho do livro. Isso
foi um alivio enorme para mim, porque eu não ia conseguir aguentar, ter de
aturar, as histórias/explicações dele durante provavelmente sete páginas, que
seria provavelmente a quantidade de páginas que ele falaria sem parar, ou quem sabe até mais.
Lily ainda
precisa se encontrar, ainda é a garota que deixa os pais controlar a vida
decidindo seu futuro por ela e ela apenas abaixa a cabeça e atua como a boa
menina. Mas ela meio que se encontra em suas aventuras, porque de certa forma
ela pode ser ela mesma, ela toma suas decisões por ela e apenas por ela. A
questão com a Tia (a Esfinge dentro dela) é meio confusa e não poderei explicar
como eu gostaria porque se não darei spoiler. O que posso dizer é que é um
ritmo lento até o final do livro para entendermos o que exatamente ta
acontecendo, mai precisamente quem está no controle. No inicio, obviamente, sabemos sim, mas já
para o meio do livro as coisas meio que se embaralham propositalmente para nos
confundir mesmo. Até que você chega a um ponto que se pergunta: foi a Tia ou
foi a Lily que falou isso, ou que fez isso, ou que sentiu isso?
Lily é
corajosa, mas muito ingênua e boba demais, novamente ela me lembrou muito a
Kelsey e fiquei com a mesma sensação que tive no primeiro livro de que a autora
não soube se desapegar dos personagens de A Maldição Do Tigre para escrever
esse livro.
Amon
praticamente é um fantasma nesse livro, ele aparece bem mais no inicio, mas aos
poucos simplesmente para de aparecer, tem momentos que ele é esquecido, deixado de lado, pouco mencionado... Mas
isso acho que se deve ao fato das coisas estarem acontecendo com a Esfinge. Eu
acho, de certa forma, intrigante a relação dele com a Lily pelo fato de que ele
está morto e ela viva, e me pergunto como essa história vai terminar para os
dois, ainda mais agora que ela é uma Esfinge, porque é meio que impossível eles
ficarem juntos (mesmo ela sendo um Esfinge) já que um está morto e o outro vivo. Essa questão também vale
para os irmãos de Amon.
Fiquei feliz
de ter a presença novamente dos irmãos de Amon, o Ahmose e Asten. Eu gostei
bastante deles no primeiro livro, achei Asten a cópia de Kishan tanto no
primeiro livro quanto no segundo livro, mas principalmente nesse segundo volume. Eu estava em duvida se os irmãos iriam
aparecer, porque demora muito para eles aparecerem, quase na página duzentos. A
ajuda deles foi super bem vinda, de alguma forma eles harmonizaram mais a
história e fizeram ficar menos chato e mais suportável, apesar de não ter
gostado das coisas que aconteceram entre um desses irmãos e Lily, mas isso
também é complicado e confuso porque não se sabe se foi realmente Lily ou a
Esfinge, ou outra coisa que acontece mais para o final do livro.
Ahmose é o mais calado e por isso foi o que mais me chamou atenção. Os
caladões sempre me chamam atenção porque parece que eles são um enigma que você
precisa desvendar, tentar conhecer esse personagem que pouco é focado, e isso
acaba me intrigando porque parece que eles são os que mais tem para revelar e por tanto deixa a história melhor.
Senti muito a falta das cenas de ação que a autora sabe escrever tão bem nesse livro, como já disse, ela mais descreve o local, as coisas em volta, do que a batalha em si, e também tem muito pouca cena de ação e o livro ficou extremamente mais focado nos romances, nas quedinhas no decorrer do livro, o que acabou transformando o livro em uma história boba. Foi um livro que li meio que forçadamente, porque ele foi chato sim, e me obriguei a ler muitas páginas por dia para terminá-lo de uma vez, porque não gosto de abandonar livros e evito ao máximo isso, principalmente se for série ou trilogia.
Foi interessante, mas chato. Confesso que fiquei curiosa com o final, deu vontade de saber o que irá acontecer, e já comprei o terceiro livro e pretendo terminar essa trilogia de uma vez por todas ainda esse ano. Ou assim espero, tenho que confessar que falta força de vontade para pegar o terceiro livro kkkk.
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